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TCHIVINGUIRO + 1"CAUSO"... TRANSPORTES..."D. SEBASTIÃO, O DESEJADO, COGNOMINADO TITANIC...by Antero Sete


TCHIVINGUIRO + 1"CAUSO"... TRANSPORTES..."D. SEBASTIÃO, O DESEJADO, COGNOMINADO TITANIC...

E assim chegamos à vez do D. Sebastião, O Desejado, muitas vezes visualizado por entre as brumas dos nossos anseios e materializado com a chegada daquele que, mais tarde, passou a ficar conhecido como TITANIC!
Para se ter amor aos seres vivos e às coisas, mesmo às não viventes e inertes, é só necessário ter coração e sentimentos e isso era o que nós tínhamos de sobra, o amor ao Titanic!
Naquela manhã de 1959, talvez não possa confirmar a data mas afirmo a ansiedade da espera alegre de todos aqueles que aguardavam em frente ao edifício do Internato, desde alunos, professores, funcionários e até um padre da Missão Católica vizinha da nascente, excepto as lavadeiras daquele lugar que, talvez, por indiferença ou improbabilidade de uso não se fizeram presentes e, continuando, aguardávamos a chegada do nosso maximbombo e logo escutamos o trac, trac, caracteristico do motor a Diesel, vindo dos lados da Capela e a seguir avistamos a frente do veículo fazendo a curva, conduzido por um ufano e pomposo Morais, até estacionar, sob aplausos e vários "Ao Alto, ao Alto"...em frente às escadas que davam acesso ao Internato. 
Neste ponto, para disfarçar a emoção que me toma ao relembrar o "causo" e mais por justiça do que por emoção, cabe destacar a determinação do nosso saudoso Director Dr. Fernando Dias Pablo "Batuta", que gastou quilómetros de solas palmilhando corredores e gabinetes, litros de saliva e quilos de resmas de papel, não fazendo referência a alguns cabelos perdidos, na tentativa de convencer os burocratas de plantão, que o Tchivinguiro necessitava urgente de um transporte que conduzisse com segurança alunos e funcionários às cidades vizinhas e não ao mundo, porque nesse, nós sempre estivemos ligados!
Estacionado o D. Sebastião e apeado o Morais, teve inicio a cerimónia oficial, com discurso do Director e reza do padre da missão, abençoando o D. Sebastião pelas estradas futuras que iria percorrer e pelos buracos a transpor com as bênçãos do Senhor e lá foram mais uns "Ao Alto, ao Alto..." seguidos dos tradicionais "PH"!
Terminado que foi o acto oficial, passamos à cerimónia de baptismo, tendo a Dª Maria Emília como madrinha e nossa mãe por adoção e amor, na tentativa de quebrar uma garrafa de champagne Neto Costa, na jante da roda dianteira do lado esquerdo,que aqui para nós, não quebrava de jeito nenhum, por mais força que a Dª. Maria Emília impusesse na batida, e sim pela força do pensamento daqueles que prefeririam brindar goela abaixo o borbulhante espumante, em vez de o perder para a terra seca do largo.
Terminada a cerimónia, mais uns "Ao Alto, ao Alto e PH" chegou a vez de estrearmos e conhecer o interior do D. Sebastião, realizando um passeio pelos domínios da Escola, democraticamente e por justiça, primeiro os alunos mais antigos, alguns professores e funcionários e depois, ordeiramente os outros, como se diria hoje, todos juntos e misturados!
Não seria justo terminar este "causo", sem homenagear todos aqueles que dirigiram durante anos e preservaram o D. Sebastião, não esquecendo o "Caetano", que só por si, ocuparia a página inteira, por isso será a figura do próximo "Causo".
A propósito, alguém consegue lembrar do nome próprio do "Caetano"? Fica quieto, João Morais "Esquilo"...
Aquele abraço.

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