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TCHIVINGUIRO + 1 "CAUSO"...O NOSSO PROFESSOR "BIBAS" by Antero Sete

Amigo Francisco José Gonçalves Chegão no teu "...só para constar..." que foste premiado com a alcunha de "Bibas", só porque o Rui Vicente Alexandre, te achou parecido no andar com o saudoso Professor, Eng. Peres "Bibas", não sei não, se essa parecença, mesmo que assumida, poderá ser levada a sério!
Como dizes que não conheceste o original, aqui vão algumas recordações, minhas, na tentativa de traçar um perfil o mais próximo da realidade, para que te possas situar.
Quando conheci o "Bibas", no inicio do meu 3° ano ele era o Professor de Agrologia e Mineralogia, recém chegado de umas merecidas férias por direito e ouras por saúde. Das suas actividades passadas nada sei e, por isso, nada te posso adiantar!
Por "causos" contados por alunos mais velhos, posso confirmar a sua autenticidade porque o "Bibas" era um homem de hábitos consolidados dos quais, julgo eu, nunca abriu mão!
A sua constituição física era a de um homem franzino, de altura mediana, cabelos grisalhos e de feições agradáveis. Os olhos eram brilhantes revelando uma vivacidade somente interrompida por prolongados períodos em que se mantinham estáticos, principalmente durante as aulas quando, segundo ele "...se esquecia de respirar...". No vestir era o trivial para um homem da sua condição social e idade, um fato por vezes de côr cinza clara, por baixo do casaco um pulôver azul marinho com gola em V e no colarinho um lacinho borboleta a condizer com a côr do fato e da gabardine que às vezes colocava por cima dos ombros.
Na mão direita carregava uma pasta preta onde guardava os livros e demais papeis e, na esquerda, um guarda-chuva preto.
Quando caminhava metia os pés para dentro, principalmente o pé esquerdo, como se os sapatos estivessem apertados.
Diziam os alunos mais antigos que ele tinha conseguido capotar o carro dele, a 20 km/h, vindo do "bairro" dos Professores, que ficava mais para cima na traseira da Escola, ao dar a curva alargada para entrar no amplo terreiro existente em frente ao edifício.
Ao entrar na sala de aulas a primeira coisa que fazia era dirigir-se para as portas que davam acesso à varanda, para verificar se estavam bem fechadas e se não existia "nenhuma correntezinha de ar frio e maléfica...". Após a chamada, que ele próprio fazia lendo o nome por inteiro de cada aluno e fixando-o atentamente para ter a certeza de que não seria enganado e que ninguém se faria passar por outro, começava a aula: " Senhores queiram fazer o favor de abrir o livro na página..." e começava a leitura, página após página, interrompida apenas por alguns espaços de tempo em que ele parava de ler e fixava o olhar intenso no que parecia ser o aluno sentado na carteira à sua frente, fazendo-o remexer pouco à vontade no assento, mas na realidade sem nada ver, até que ele "Bibas", como se saísse de um transe, exclamava com voz macia e cansada, antecedida de um longo suspiro: "Ahaaaah! Esqueci de respirar!" e continuava a leitura, que ele chamava de explicação, até ser interrompido: "Sr. Eng., desculpe, mas o Sr. poderia explicar de novo o último parágrafo?" ao que ele acedia gentilmente, retomando a leitura no ponto solicitado, até ser novamente interrompido por outros alunos, por 3 ou 4 vezes: "Desculpe Sr. Eng. mas agora complicou, quem não está entendendo mais nada sou eu!", ao que o "Bibas", pacientemente:" Vou explicar melhor" e relia tudo que já tinha lido, até que impaciente afirmava: "Os Senhores são de compreensão lenta e, em seguida, dava-se a liberdade de ilustrar a "nossa compreensão lenta" com uma anedota que repetia todos os anos sobre um trocadilho entre um cavalheiro, uma mulher ligeiramente surda, raciocínios mal entendidos e diamantes não lapidados e lapidados à qual ele achava muita graça e nós já combinados de antemão não riamos o que lhe provocava um profundo mal estar o que, para ele, confirmava a "nossa compreensão lenta" e com os olhos baixos prosseguia na leitura, até que minutos antes do término da aula uma sonora gargalhada puxada pelo nosso colega Colaço e seguida por todos nós e, em coro : "Sr. Eng. aquela anedota foi muito boa, conte de novo" ao que o "Bibas" respondia entre surpreso e desconfiado: " Os Srs. são mesmo de compreensão lenta!"
Isto era o mínimo dos maus exemplos que nós aprontávamos para o "Bibas"!
Amigo Chegão, te identificaste com a figura? Pessoalmente acho que não!
Aquele abraço!


António Leite Saraiva

Ao nosso querido professor BIBAS fizeram-se muitas ! ... Um belo dia deixamos entrar um macaco para dentro da sala de aulas. Coitado do Bibas; apanhou um grande susto e depois virando-se para o nosso saudoso colega Telésforo disse tirem daqui o bicho ; Ao que respondeu o Telésforo Snr. Engº Não fui eu que o meti cá dentro. Eu não disse tira eu disse tirem ...

E a festa não acabou por ai ! ...Logo a seguir uma aula com o nosso querido Director "Fernando Dias Pablo" e logo a começar, num ton meio zangado diz: Meus amigos estamos na aula, chegou a hora de soltarem o macaco. Vá quero ver quem é que solta o macaco ! . E toda aula num silêncio absoluto, até se ouviam as moscas passar pois acima de tudo havia um sentido de respeito pelo Dr.Pablo porque a sua postura paternal assim o ditava !.

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