TCHIVINGUIRO + 1 "CAUSO"...O ASSALTO FRUSTRADO!
Após este interregno, nada de grave com a minha saúde a não ser um surto de "preguicite aguda" já debelado com a vacina de um "causo" narrado pelo Sergio Cardoso "Gabela" e que segundo ele foi causado por um amigo e colega actualmente tirando leite de vaquinhas, lá para as bandas do Nordeste brasileiro, embora o "causo" tenha sido causado em outras bandas daqui distantes, lá prós pomares do Tchivinguiro.
Numa daquelas noites ociosas de sábado, em que nem sessão de cinema mambembe tinha, um grupo de colegas resolveu se divertir com aquela diversão tão conhecida e praticada por todos nós de arriscar um assalto aos pomares e uma berrida de pedradas e de gritos de "num rôba, minino! num rôba..." soltados pelos guardas muilas.
Organizado o grupo, traçada a estratégia que nem generais debruçados em planos de guerra para subtrair umas dezenas de pêras verdes, lá se abalaram para uma investida em "território inimigo" todos lembrados de que o silêncio era o sucesso da expedição.
Desceu o referido grupo no maior silêncio, cigarros apagados e com o máximo cuidado para não chutar as pedras do caminho (êna pá! Diz lá ó Rui Manuel Cuca, se isto não dava um fado?), quando um dos integrantes do grupo o "gigolô" das vaquinhas (o jargão não é meu, é o que se diz nestas bandas de quem ganha a vida extraindo leite das vacas), antevendo o desarranjo intestinal que a fruta verde lhe iria provocar resolveu, por antecedência, aliviar as suas cólicas e providenciar mais espaço no interior da sua cavidade estomacal, de cócoras, já em "território inimigo", debaixo de uma pereira, enquanto o resto do grupo unido o aguardava a uma distância conveniente para garantir a privacidade do evacuante e ficar longe de possíveis maus cheiros e ruídos desagradáveis...
Parecia que tudo estava normal e o sucesso da "operação" estar garantido quando, de repente, da escuridão da noite brotou um tremendo berro que nem o Adamastor assustando os tripulantes das nossas heroicas naus de outrora, que fez com que os grilos do campo deixassem de grilar, os sapos deixassem de coaxar e o grupo "pernas-pra-que-te-quero" que nem viram a figura do nosso colega atrapalhado, saindo das trevas tropeçando nas calças arriadas, enquanto ia avisando: "não fujam, não fujam, foi uma pêra que caiu na minha cabeça, enquanto estava cagando!",,,só que os guardas também despertaram e não estavam cagando sairam naquela tradicional berrida de pedradas e gritos: "num rôba, minino! num rôba..."
Aquele abraço.