TCHIVINGUIRO + 1 "CAUSO"...NÓS E O 25 DE ABRIL OU...VICE-VERSA...
Não, não, não é o que estão pensando, não vou tirar créditos nem dar méritos a quem os mereceu ou não! A História o fará com muito mais autoridade do que eu, salvo aqueles que ficaram tremendamente prejudicados com a perda da vida e do convívio daqueles que já não estão entre nós, pelo simples facto de terem ido cuidar da vida em outras paragens e a perderam por incúria de alguns poucos!
Estou aqui, meditando com os meus botões que apesar de tudo o que já foi dito de bom e de ruim sobre o que uns designam por revolução e outros consideram golpe, algo de bom sobrou para a maioria de nós, a possibilidade de se firmarem como Profissionais em terras estrangeiras e também portuguesas continentais, já que alguns, por dificuldades de transporte, restrições cambiais e a maioria por se sentirem bem em Angola, nunca tiveram a pretensão de lá sair, a não ser pela força de uma descolonização sem honra e vergonhosa!
Comigo foi assim, abalei para um país cujas únicas afinidades eram a língua, as culturas agrícolas e o clima e um pouco de tolerância da parte daqueles aqui nascidos e nenhuma por parte dos patrícios da Metrópole aqui bem estabelecidos.
Na bagagem, o que a vida até ali me tinha ensinado e o que aprendi em casa e nas escolas. Na algibeira uma folha de papel almaço, com os endereços das multinacionais que operavam, também, em Angola, copiados da lista telefónica de São Paulo e os curriculos batidos durante a noite numa máquina de escrever, portátil, Babby Olivetti!
E assim foi o meu começo num país estranho que não conhecia, galguei um a um os degraus da escada profissional, desde lá debaixo, tendo como apadrinhamentos únicos a minha capacidade profissional, a voluntariedade de vencer e o carácter herdado e transmitido pelos meus Pais e Professores, até atingir o topo da carreira dentro da multi que me aceitou e acreditou em mim!
Acredito que a maioria dos colegas saídos das chamadas ex-colónias portuguesas e espalhados por este mundão de Deus, galgaram, também, semelhantes degraus, passo a passo e com o mérito e a coragem que lhes proporcionou o bem estar e sucesso de que hoje desfrutam!
Politiquices à parte, esse é o maior mérito que o 25 de Abril nos legou, cabeça erguida, enfrentamos novos mundos e vencemos, tal como os maboques, duros por fora mas agridoces por dentro!
Para todos nós um sonoro:
Ao Alto, Ao Alto! Charrua!
- António José Fernandes Maia É isso aí Antero Gonçalves, ainda me lembro, quando da nossa chegada pelo Brasil, em Ribeirão Preto-SP, , quando aos domingos no convívio da tua família, encontrava solidariedade, para vencer aqueles obstáculos do começo, além de te "filar" o almoço... Aquele abraço
- Antonio Coelho da Cunha Um grande abraço amigo e apesar de o 25 de Abril não ter trazido tudo aquilo que se pretendia, penso que a liberdade de expressão de qu beneficiamos, é bom, ê muito bom mas, preferia que houvesse maiores garantias a nível social, a Educação e Cultura gratuitas, a Saúde gratuita e garantida, e apoio à velhice garantido, atenta e respeitando os direitos dos aposentados que descontaram uma vida, para serem agora espoliados daquilo que depositaram todos os meses, dhrante anos. Eu não estou satisfeito com o resultado. Será qhe valeu a pena?