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Tchivinguiro + 1 "CAUSO" A Origem da alcunha by Antero Sete




TCHIVINGUIRO + 1 "CAUSO" A ORIGEM DA ALCUNHA...
Promessa é divida que tem de ser cumprida, principalmente, quando alguns colegas e amigos sutilmente escancarados me dizem que ficam na espera, tal e qual ficou o Júlio Rodrigues naquela já longínqua noite escura de sábado!
Noites de sábado no Tchivinguiro verdadeiros exercícios de ócio e de imaginação para aqueles que não desciam a serra até Sá da Bandeira ou esticavam um passeio pela nascente, alternavam um assalto às fruteiras dos pomares e nos casos mais extremos desmontavam em cima das camas curtindo os vapores etílicos ingeridos no Caholo ou simplesmente ficavam conversando e escutando a musica transmitida pela Rádio Charrua e as noticias e agulhadas da semana do programa "Porque Mia o Gatinho...", transmitidas, através dos microfones, pelo "Verdinho", João Serôdio, "Sete" (este que vos escreve) com sonoplastia (que chique) do Gualter Morais e Castro ou, então, optar pela oportunidade mais prática e divertida de arregimentar um colega "boa fé" para o vitimar num trote bem bolado e inocente.
Neste caso, o "boa fé" foi o Júlio Rodrigues que se deixou convencer e foi participar de uma "caçada aos gambuzinos", bicho esquisito e inofensivo, só existente na região e que dizimava, numa concorrência desleal para conosco, as frutas dos pomares.
Convencido e municiado o Júlio, com uma lanterna para orientar os "gambuzinos" para dentro de um saco de serapilheira, emprestado nos fundos da Escola, lá foi um grupo conduzindo o Júlio, para um campo onde o Torres semeava luzerna, perto da rua das nespereiras, situando o Júlio num extremo com a recomendação de ficar atento e com a lanterna acesa enquanto o grupo ia para o outro extremo batendo em latas para assustar os "gambuzinos" em direção ao saco!
Aos poucos o pessoal foi-se dispersando e retornar à Escola, enquanto o Júlio, firme que nem soldado no seu posto, aguardava a debandada dos bichos...e o tempo foi passando e a malta, lá do alto, junto daquele murinho em frente da Escola, aguardava o regresso do Júlio que se fazia demorar.
Até que passado um tempo, se começou a vislumbrar uma luz intermitente, lá, no local onde tinham abandonado o Júlio e aquele acende-apaga-acende foi-se perpetuando até a luz começar a aproximar-se da Escola.
Mais tarde, interpelado o Júlio pelos "gambuzinos" que ele não tinha visto nenhum e que estranhando o silêncio e a demora dos companheiros, resolveu antes de abandonar o posto se comunicar em "Morse", apagando e acendendo a lanterna, para chamar a atenção dos colegas e como não teve resposta resolveu voltar à Escola. 
Daí veio a alcunha e sobrenome: "Júlio, Morse"!
Grande amigo e grande profissional, a quem não vejo há mais de 40 anos, aqui ficam as minhas desculpas e homenagens e podes estar certo, só contei por insistência do "Calabeto", Carlos Gomes Abreu, que se ri com o mal dos outros!
Aquele abraço!

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