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"CAUSOS" Tchivinguiro by Antero Sete

"Tchivinguiro + 1 causo" acontecido em 1965 nas matinés dançantes promovidas nas tardes de domingo pelo Rádio Clube da Huila, envolvendo um grupo de cinco colegas dos quais não vou citar nomes porque, infelizmente que eu saiba, dois já faleceram e os outros sabe-se lá Deus por onde andam, apesar de ter encontrado um deles no almoço do Cartaxo. Mas vamos ao "causo".
Relembrar aqui que o dinheiro da mesada era sempre curto, não será necessário isso mas, relembrar os estratagemas inventados para o fazer render mais isso, sim, é um "causo"!
Numa das tarde de domingo, o grupo do qual eu fazia parte, juntamente com três colegas que frequentavam o 6ºano e um outro do 4º resolveu como era costume ir ao baile, mas desta vez sem pagar a entrada. Puxando, em conjunto, para toda a criatividade e maldade nos dada pelo Criador e com total acordo, já que um dos colegas era negro, resolvemos, com a sua concordância, que ele seria o ultimo a entrar e depois nós o colocaríamos lá dentro. Em fila indiana nos apresentamos na portaria e um a um fomos entrando dizendo para o porteiro: "o ultimo da fila está com os bilhetes!" À medida que entravamos, nos dispersávamos pelo interior do salão, até que o ultimo da fila, nosso colega, ao tentar entrar sem bilhete foi barrado e nem adiantava que ele berrasse para o porteiro que os bilhetes tinham sido entregues pelo primeiro da fila, porque o porteiro inflexível afirmava que os outros que entraram diziam que os bilhetes estavam com o ultimo. Premeditadamente, nós os que já estávamos lá dentro, deixávamos criar um certo tumulto na entrada e reunindo todos os outros nossos colegas que estavam no salão, nos dirigiamos ao porteiro indagando: "O que está acontecendo aqui? Você não deixa entrar o nosso colega, só porque ele é negro?
Aí o coitado do porteiro caíu das nuvens, até o policia que era obrigado a permanecer na porta, começou a olhá-lo de lado!
Entretanto o Venâncio, do Rádio Clube, ia-se aproximando muito sem graça, de antemão, sabendo que aquilo era armação nossa e sem muitas explicações para o infeliz do porteiro, permitiu a entrada do nosso colega, "barrado na porta do baile", para evitar um escândalo maior.
Moral da estória, exceto eu, claro, como tem colegas, nossos malandros de mais...

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